Foto: Ricardo Biazotto/Over Shock |
Durante a noite, antes da atração principal do dia, o ator e palestrante Alexandre Camilo, houve ainda uma apresentação com o saxofonista Luiz Gustavo de Souza. Só então Alexandre subiu ao palco, já demonstrando que usaria as artes cênicas no decorrer da palestra “Mudando de Postura: Comunicação e diversidade cultural no ambiente educativo”.
Ator, educador, contador de história e palestrante, Alexandre Camilo se formou em Artes Cênicas, mas foi após ser convidado para lecionar teatro em uma escola que percebeu a dificuldade de alguns educadores em usar a criatividade, o que deixava as crianças desmotivadas. Foi aí que começou a pesquisar a melhor forma da pessoa se comunicar e passou a trabalhar como palestrante para incentivar a comunicação entre trabalhadores de uma mesma equipe. Em entrevista exclusiva revelou que atualmente trabalha “muito mais nesse mundo coorporativo, nesse mundo com educadores”.
Em sua palestra, Alexandre Camilo mostra que como em qualquer área, o profissional que trabalha com a Educação precisa estar atento para as mudanças que ocorrem ao seu redor, em especial aos seus alunos. É necessário, portanto, evitar determinadas atitudes visando não apenas ensinar, mas principalmente educar.
O palestrante iniciou a sua palestra dizendo que a pessoa mais importante do nosso mundo somos nós mesmos. Ele citou ainda em determinado momento que o educador precisa trabalhar por amor e não pensando em sua situação financeira, já que todos sabem da dificuldade encontrada pelos professores, sobretudo do ensino público, em nosso país.
Segundo Alexandre, é essencial “a observação de si mesmo” para que exista uma mudança de postura dos profissionais. “O professor é muito exigente quando está na plateia, mas é pouco exigente consigo mesmo quando está no palco”, revelou. Ao ser questionado sobre o que espera que os educadores presentes em sua palestra levem para suas vidas, Alexandre disse esperar “que eles saiam daqui cheios de perguntas, a pergunta é mais importante que a resposta.” Completou falando que espera que “eles (os educadores) saiam pensando no papel de cada um deles”.
O palestrante disse ainda que é preciso prestar atenção para o que temos ao nosso redor, em especial os gestos, já que isso facilita a comunicação. “O corpo fala”, revelou antes de explicar que esse é o motivo de ser necessário um cuidado maior com a forma que nos comunicamos. “Não adianta dizer uma coisa se o corpo diz outra”, explicou.
Alexandre, que acredita que o professor do Ensino Básico deva ganhar mais do que o professor do Ensino Universitário, já que os primeiros professores de uma criança são fundamentais para a sua formação, disse ainda que ninguém quer ficar perto de quem só reclama, ironizando os diversos professores que chegam às escolas reclamando pelo trabalho e principalmente de seus alunos.
Para encerrar a palestra, marcada pelo bom-humor, as atuações teatrais e principalmente por palavras motivacionais, Alexandre fez uma última dinâmica com os educadores presentes, pedindo que esses fechassem os olhos e imaginassem a presença de alguém que desejassem agradecer e perdoar.
Foto: Ricardo Biazotto/Over Shock |
Já no fim de sua entrevista, Alexandre disse estar feliz em participar da Semana Edgard Cavalheiro. Disse ainda: “estou muito feliz de estar em Espírito Santo do Pinhal, uma cidade que tem um teatro maravilhoso, pessoas muito acolhedoras. Quero voltar pra esse teatro novamente, e se tiver a oportunidade de estar conversando novamente com os ‘leitores’ pra mim seria realmente um verdadeiro prazer, ou um prazer como eu costumo dizer”.
Matéria publicada em parceria com o blog Over Shock.
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