quarta-feira, 10 de abril de 2013

Entrevista 1# - João Batista Rozon

Como citado na última postagem, na noite do dia 27 de março os membros da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro" se reuniram para comemorar a marca histórica de 500 reuniões, e devido a isso a imprensa escrita e falada esteve presente em peso.

Logo após a apresentação de poesias, lembrando os 500 anos de literatura no Brasil, e de um descontraído coquetel, o presidente João Batista Rozon concedeu entrevistas, sendo uma delas para o programa Patrícia Françoso com Você, da Rádio Comunidade Viva, e para o blog da Casa, ambos representados por Ricardo Biazotto. Durante essa entrevista, Rozon comentou sobre a história da instituição, a alegria de comemorar quinhentas reuniões, o que Edgard Cavalheiro, caso estivesse vivo, pensaria dos projetos, entre outras coisas.

O resultado dessa entrevista, que também foi ao ar pela rádio citada, você confere logo abaixo:

Ricardo Biazotto - Como você vê essas quinhentas reuniões da Casa do Escritor?
João Batista Rozon - Pra mim é uma grande alegria e pra cidade também, é um acontecimento ímpar. Pois uma sociedade que se reúne para falar de cultura, que ao longo desses anos completa quinhentas reuniões, esse pessoal reunir semanalmente, eu acho que é uma coisa muito importante e retrata que na nossa cidade, nem todos estão alheios a cultura e ao interesse pelas artes em geral.
E que esse grupo está de parabéns de ter realizado todas essas reuniões e ter conseguido ao longo desses anos, promover vários encontros, muita coisa boa pra cidade, para os jovens, através de concursos literários, através de eventos culturais nas escolas, e recentemente, nos últimos três anos, o Pin Pin de Literatura, que reúne escritores renomados para que a gente faça a Semana Edgard Cavalheiro.

Ricardo - E quais foram as principais mudanças que aconteceram na Casa do Escritor, desde a primeira reunião até hoje?
João Rozon - Olha, mudança foi de local, porque o pessoal que costuma frequentar é um pessoal que vem assim com uma certa fidelidade. A Casa do Escritor tem, mais ou menos, 25 a 30 membros, mas que frequenta é metade, então 15 pessoas que são fieis, todas as semanas estão aqui.
Nós começamos nossas reuniões no salão paroquial no ano de 2000, onde gentilmente o Monsenhor Augusto (Alves Ferreira) cedeu aquele espaço para que a gente começasse as nossas atividades lá, porque até então nós não tínhamos sede. Depois nós viemos para a antiga Escola de Comércio, ficamos uma temporada. Depois para a Galeria Casarão, ocupando ali o local destinado ao porão. Depois viemos pro prédio do Museu e Biblioteca, fomos para a Associação Antônio Benedicto Florence, lá na Galeria Casarão. Voltamos aqui pra Biblioteca, e agora vamos voltar novamente na Associação Cultural Antônio Benedicto Florence. Então essa foi a nossa trajetória.
Muitos membros passaram pela Casa do Escritor e por motivos particulares, por mudanças, estudo, estão em outras cidades, mas que até hoje gostam e sempre que podem frequentam a Casa do Escritor.

Ricardo - E como você imagina a Casa do Escritor quando completar mil reuniões?
João Rozon - Olha eu imagino que eles continuem esse trabalho, e que seja assim uma Casa do Escritor com amplo espaço, com muitos associados, e que ela esteja assim dando frutos pra nossa cidade e pra sociedade como um todo.

Ricardo - A Casa do Escritor recebe o nome de Edgard Cavalheiro, que é uma justa homenagem. Se o Edgard estivesse vivo e vendo o trabalho da Casa do Escritor, como você acha que ele estaria se sentindo?
João Rozon - Eu acho que se ele estivesse vivo, com a influência que ele tinha e a capacidade, inteligência, como ele amava a literatura, eu acho que a Casa do Escritor já tinha um grande prédio. Nesse prédio certamente já existiria uma editora, com grandes escritores. Ele estaria produzindo muito e vendendo o nome de Pinhal para o mundo todo, pois ele era um gênio pra fazer esse tipo de promoção e foi um dos pilares da literatura brasileira, escrevendo e editando numa época em que não existia editora, não existia livraria, era uma coisa feita assim com muito suor, sacrifício e no peito a peito.

Ricardo - E aproveitando esse espaço, fale um pouco pra gente sobre os próximos projetos da Casa do Escritor ao longo do ano de 2013.
João Rozon - Nós estamos batalhando para ter a nossa sede própria. Eu acredito que com essa nova administração, que já demonstrou interesse em nos ajudar, acredito que faremos o Memorial  Edgard Cavalheiro, onde abrigaria a Casa do Escritor e também seria uma forma de Pinhal ter essa referência, esse grande nome, que inclusive iria divulgar o nome da nossa cidade, e seria uma fonte de consulta para todas as faculdades, não só da região, mas no Brasil todo, dada a importância desse grande homem que foi.
E, além disso, eu espero que a gente faça esse ano a Semana Edgard Cavalheiro, que é o Pin Pin de Literatura, melhor do que foi o ano passado. Não digo que o ano passado não foi bom. Foi ótimo, mas acho que a tendência é melhorar cada vez mais.
E que todas as pessoas tenham mais consciência dessa parte da cultura na nossa cidade, pois quanto mais cultura é oferecida e o povo tem, mais desenvolvida a cidade, mais feliz torna-se a família e as crianças têm um futuro melhor também.

Ricardo - Para encerrar, deixe uma mensagem aos ouvintes da Rádio Comunidade Viva e aos leitores do blog da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro".
João Rozon - Eu gostaria de deixar aqui a seguinte mensagem: a Casa do Escritor é uma realidade, está indo para o seu 13º ano de existência; completamos agora 500 reuniões; só nos trouxe e nos traz alegria. Aquelas pessoas que querem participar das nossas reuniões, estamos aqui de portas abertas para crianças, jovens e adultos. Não é preciso ser escritor ou saber escrever. Basta comparecer, trazer um texto, ler ou só ouvir. Um bate-papo gostoso, toda quarta-feira, e eu creio que a pessoa que vier não vai se arrepender.

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