domingo, 18 de agosto de 2013

Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo faz um passeio por sua própria história

Foto: Ricardo Biazotto/Over Shock
Se apresentando para um grande público presente no Cine Theatro Avenida, a Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo foi a única atração do quinto dia da Semana Edgard Cavalheiro e fez um concerto passeando por sua própria história.

Criada pela Secretaria de Estado da Cultura em 1989, a Jazz Sinfônica sempre teve a intenção de resgatar as tradições das orquestras de rádio e televisão famosas entre as décadas 30 e 70. Sua principal característica é a união de elementos da música erudita e de uma big band de jazz, o que a transforma em uma orquestra inovadora e moderna. O principal nome dessa história foi Cyro Pereira, falecido em 2011, antigo maestro dos Festivais da Record dos anos 60. Com mais de 80 integrantes, a Jazz Sinfônica já se apresentou ao lado de importantes nomes da nossa música, como Tom Jobim, Milton Nascimento e Toquinho.

Como citado, em seu concerto apresentado na noite de sexta-feira, 16, a Jazz Sinfônica preparou um passeio por sua própria história, tocando canções que fizeram parte do repertório ao longo das últimas décadas. Ainda no início os músicos presentes tocaram uma peça composta por Scott Joplin e outra de Ernesto Nazareth, considerados pelo maestro dois nomes que, assim como a Jazz Sinfônica, caminharam pela fronteira da música erudita e popular.

Ao longo do concerto, foram apresentadas ainda peças de compositores e maestros italianos, argentinos e, claro, brasileiros. O tema de um dos filmes do cineasta italiano Federico Fellini, grande parceiro do compositor Nino Rota, também foi tocado com a intenção de levar o público presente a um passeio pela Roma dos anos 50.

Já no final do concerto, a Jazz Sinfônica tocou a canção Bye, Bye Brasil, no entanto não aparentava estar dizendo “adeus” para a população pinhalense e sim dizendo um “até logo”.

Após o concerto foi realizada uma entrevista exclusiva com Ana Tereza Castro Leite, presidente da Associação Amigos do Theatro Avenida (AATA) e uma das organizadoras da Semana Edgard Cavalheiro, que revelou ser fã da Jazz Sinfônica. “Eu acho ela uma orquestra arrojada, despojada e muito moderna”. “O maestro Cyro Pereira, quando da fundação da Jazz Sinfônica, era um maestro muito inovador, muito pra frente”, completou dizendo que considera essa como uma das melhores orquestras do país.

Já sobre o fato da Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo não poder se apresentar de forma completa (foram cerca de quarenta integrantes), devido ao tamanho do palco do Theatro Avenida, Ana Tereza disse ser uma pena não existir a possibilidade de receber todos os músicas, mas ressaltou que ainda assim a Jazz Sinfônica “expressa muito bem a música, o que ela tem de melhor, seja a música brasileira ou a música de outros países”.

Matéria publicada em parceria com o blog Over Shock.

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